Páginas de um diário

Funchal, 19 de novembro de 2013

Querida diário,

Hoje, no meio da confusão de números da aula de matemática, dei por mim a pensar no amor… Aquele sentimento que é doença e cura, que é tristeza e alegria, que é tudo e não é nada…

E pensei na loucura que é amar alguém, dar-lhe tudo, entregar-se completamente para, muitas vezes, sair desiludido e despedaçado. O amor é realmente um salto de fé, faz-nos sonhar muito além do possível e imaginar o inimaginável.

Hoje em dia diz-se “amo-te” como quem diz “bom dia” e muitas vezes com o mesmo valor. O amor deixou de ser sentimento e passou a ser uma emoção, dura dois dias, duas horas, dois minutos ou talvez menos.

Os poetas dizem que é algo belo, a razão de viver, mas dizem-no às folhas em que escrevem e, quanto ao amor, só o encontram nos seus poemas, e, mesmo assim, nem sempre.

E para que me serve a mim o amor, querido diário? Para tornar bela a existência? Para me fazer acreditar realmente nos contos de fadas que me lia a minha mãe ao adormecer? Não sei, talvez um dia compreenda…

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Joana Martins, 10º 32

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Funchal, 21 de novembro de 2013

Querido diário,

Cada vez me apercebo mais de que o amor é algo complicado. Quando uma pessoa se apaixona, é tudo maravilhoso, ela anda feliz e só faltam “coraçõezinhos” nos olhos, a fazer a vez da pupilas. Eis que depois surge a ideia de enviar um bilhetinho à pessoa amada. Ou o amor resulta, pois é correspondido, ou o mar de rosas dá lugar a um campo de urtigas e a mil lágrimas na almofada. Se uma pessoa se apaixonasse com a cabeça (e não com o coração), seria tudo melhor.

Tenho o exemplo de uma amiga minha, uma mocinha inteligente e até jeitosa. Aquando da hora de “escolher” um namorado, ela foi primeiro pela razão. Passo a explicar: em vez de se apaixonar pelo giraço (mas desprovido de inteligência), começou a namoriscar o “nerd” da outra turma. Ele até gostava dela. Estão juntos até hoje, já lá vão três anos. Ela ensinou-me que a aparência pouco importa quando se gosta de alguém.

Outro caso: dois adolescentes, imaturos, mas supostamente apaixonados. Conheciam-se há duas semanas, namoravam há uma. Era um amor tão avassalador que quiseram logo constituir família. Ele arrependeu-se. Ele fugiu. Faltou a razão.

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Maria Inês Rola, 10º07

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Funchal, 21 de novembro de 2013

Querido diário,

Ai o amor! Só a mim é que nada de bom acontece no que diz respeito a este tema. Todavia, fico contente de ver os outros felizes, como é o caso da minha prima Catarina.

Nem imaginas há quanto tempo é que ela e o namorado, Francisco, namoram! Há quase três anos! O que me espanta não é o facto de estarem juntos há tanto tempo, mas sim de serem tão novinhos e já com um grande compromisso.

Há cada coisa que o Francisco faz para surpreender a minha prima que me deixa completamente estupefacta. Ele faz tudo por ela.

Por vezes, combina com a minha tia sem a Catarina saber e vai buscá-la à escola. Uma das coisas que mais me surpreendeu foi quando, há dois anos, no 13º aniversário da minha prima, o Francisco se levantou cedíssimo, de modo a conseguir apanhar todos os autocarros até a casa dela e dar-lhe um buquê com treze rosas vermelhas, acompanhadas de um colar de prata e um ursinho.

O amor é um sentimento maravilhoso! Este é um exemplo de um grande amor mútuo entre dois adolescentes.

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Joana Nunes, 10º7

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