Poemas

Ai como sofre a menina

*

Ai como sofre a menina!

Tão pequena naquele mundo,

seguindo os passos dos gigantes

que a viram chegar a este sítio imundo.

*

Ai como sofre a menina!

Sem mão na sua vida,

por eles guiada,

procurando o que lhe falta

nos braços da mãe amada.

*

Ai como sofre a menina,

aguardando crescer!

Desejo, então, menina

que um dia não queiras perecer.

*

Que sigas agora o teu caminho

em direção à tua sina

e que nunca mais volte a dizer:

“Ai como sofre a menina!”

*

Carolina Andrade, Cristiana Nunes, Laura Xavier e Pedro Gonçalves, 10º 11

*

Sem inspiração

estou agora,

tento apelar à imaginação

mas ela demora.

*

Não consigo pensar em algo

que faça rimas.

É como querer acertar o alvo

com a flecha apontada para cima.

*

Não acho um bom assunto

que se organize bem em versos,

mesmo sabendo que, no mundo,

há mil assuntos diversos.

*

Ai que coisa chata,

não consigo imaginar!

Isso quase me mata,

porque é horrível não poder pensar.

*

Mas, espera um momento,

mesmo não tendo tema,

se estas frases vou relendo

vejo que é um poema.

*

Leandro Mateus, 10º11

*

Ergueste-te em chamas

do fundo do oceano,

encheste-te de verde

E és algo de soberano.

*

Dos mais frios montes

às mais quentes praias,

das palmeiras às faias,

as mais belas do horizonte,

*

encontrámos em ti:

uma casa por decorar,

uma mulher por amar,

sereia deste mar!

*

Amor da minha vida,

após este cântico,

foste concebida:

a Pérola do Atlântico!

*

Francisco Morganho, João Afonso, Paulo Silva e Tomás Santos, 10º 5

 

Aqui, sentado na cadeira,

sem nada para escrever

parece que me falha a imaginação.

Não sei o que fazer.

*

É suposto escrever um poema,

mas, sinceramente, já nem sei.

Estou a tentar encontrar rimas,

parece que agora rimei.

*

As palavras soltas na cabeça,

tento juntá-las aqui.

Este é, provavelmente,

o mais estranho poema que já escrevi.

*

Para terminar este poema,

estes versos vou soltar.

Posso não ser um Pessoa

mas pelo menos sei rimar.

*

André Marques, Henrique Vargas, João Gomes da Silva, Pedro Cardoso, 10º5

*

A viagem

*

Escrever é viajar,

sonhar, imaginar.

O lápis, a minha caravela,

o papel, o meu mar.

*

Viajo sozinho, acompanhado,

guiado pelas estrelas

que me iluminam a passagem.

*

A minha mente vagueia em ti,

livre e cheia de esperança.

Procuro o meu porto de abrigo

que me consiga salvar desta insegurança.

*

Cheguei ao destino final,

cansado desta viagem fenomenal,

trarei sempre no coração

a viagem passou

e as memórias para sempre ficarão.

*

Pedro Pais, 10º 5

*

O jardim

Consideremos o jardim, mundo de pequenas coisas,

um longo e silencioso campo,

repleto de cores vivas,

um mundo completo, cheio de vida,

calhaus, pétalas, folhas e flores.

*

Por vezes, ouvia-se um murmúrio

escuro e obsceno,

das varandas verdes surgiam, na fresca e calma primavera,

curvas vagarosas batendo umas nas outras.

*

O silêncio, nessa altura, era escasso,

por vezes, um autêntico fracasso.

*

Rita Alves da Silva, 10º3

*

Navegando sem rumo certo,

sem ninguém a acompanhar-me,

de repente, vi bem perto

uma mulher a caminhar

que me disse ao ouvido:

“Ao teu lado eu quero estar,

E para sempre te vou amar.”

*

Como um navio,

o meu olhar

navegava no teu corpo,

feito de água

branca e limpa,

sem nenhuma marca

nem imperfeição.

Teus olhos azuis

são tornados

que levam meu coração.

E teus cabelos longos,

cor de ouro, minha ambição.

*

Vou até a varanda

e oiço a tua canção,

logo em seguida, caio

no chão macio

do teu coração.

Por favor, não digas não,

pois o meu desejo

é morrer nas tuas mãos.

As mãos que roubaram

o meu coração.

*

 Pedro Gonçalves 10º 11

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