Os heróis existem no nosso quotidiano. Herói é uma figura que reúne em si os atributos necessários para superar, de forma excecional, um determinado problema e é guiado por ideais nobres e altruístas – liberdade, fraternidade, sacrifício, coragem, justiça moral, paz.

De facto, existem casos em que indivíduos sem vocação heroica protagonizam atitudes dignas de heróis no nosso dia-a-dia. Por exemplo: filhos que adiam planos da sua vida pessoal para tornar a velhice dos seus pais menos dolorosa. Como sabemos, envelhecer faz parte do ciclo da vida, mas é doloroso envelhecer sozinho, ou ser abandonado num lar. Quando um filho tem a coragem de estar presente nesta fase e de retribuir o que os pais fizeram por ele em criança, dando carinho e o cuidado que precisam, tendo que, para isto, adiar planos futuros, isso é um ato de amor, mas de sacrifício também.

Na verdade, na maioria das vezes, as ações heroicas ocorrem de forma silenciosa. Quando alguém faz uma boa ação não o faz a pensar em si, mas sim no próximo. Muitas podem ser as razões, mas é bem provável que boas pessoas tenham origem no próprio ambiente familiar, por meio de valores e de princípios consolidados. Por exemplo: é notório, nas pessoas mais próximas de nós, como a nossa mãe, que, ao nos fazer o bem, não espera retribuições. Mãe é aquela que é capaz de abdicar de comer para dar ao seu filho; sacrifica sonhos para dar aos filhos uma boa formação. Estas atitudes nobres de sacrifício, coragem, paz e fraternidade são motivos suficientes para chamarmos uma mãe de Heroína.

Em suma, em cada um de nós mora um herói, sem capa ou escudo mágico como antigamente acontecia, que pode fazer a diferença, sendo verdadeiro e solidário com os outros e usando o coração e a mente.

Patrícia Carina (12º55)

Docente: Carla Martins