Cosmo lógico, perdido, difuso,
Emaranhado numa teia contínua
Lavada de brio e incapacidade.
Reduz momentaneamente a incidência
Catapultando algo bizarro.
*
Cegos, céticos confiam vidas.
Perdidos se encontram a jazer
Ao lado, o desconhecido perdura,
Respira, suspira, está vivo.
Não sou o único, não estou só.
*
Tal e qual como uma projeção
Um eu igualmente enganado
Toque subtil, sublime, volátil
Quebra, roda e tudo muda.
*
Realidade desconstruída, só minha.
Minha e de alguém de mim.
*
Destino sóbrio, regido a régua,
Vincado aos lados e…
Tudo vive, tudo sente, tudo respira.
Segundos depois subitamente nada.
*
Sobro eu, no silêncio modesto,
Confiando, olhando e…
A inércia.
*
Voltei, estou cá.
Serei mesmo eu?
Eu vi a luz.
*
Deixei-me cair,
Tive a certeza.
Tudo se esconde
Onde ninguém procura.
*
Eu vi.
*
Tomás Gomes