Após aquela conversa com Domingos, Amância continuou na festa e alguém novo apareceu por lá. A bela rapariga, como conhecia toda a gente, achou estranha aquela presença. Ele era Carlos, neto de um dos donos do casino que a Sr.ª Andrade frequentava.
Amância foi falar com ele na esperança de o poder conhecer melhor. Ambos se apresentaram, mas Carlos era diferente, não se encantou logo por ela, dava-lhe pouca atenção, o que fez com que a filha do amanuense ficasse cada vez mais interessada.
Carlos era belo, jovem e simpático. Sofredor no amor, pois ele já tinha sido casado, mas a sua esposa morrera. Várias mulheres já se tinham aproximado dele por saberem que ele tinha dinheiro.
Amância não era exceção. Ela sabia que ele era rico e que com ele poderia vir a ser feliz e ter tudo o que sempre quisera.
Carlos e Amância acabaram por se conhecer melhor e começaram a namorar.
Incrivelmente, a jovem mulher parecia ter mudado, parecia amar Carlos como nunca amara ninguém.
A morte do avô de Carlos fortaleceu a relação, pois o avô dele tinha deixado tudo para o neto. Mas as várias fraudes de Carlos foram descobertas. Além da sua beleza e simpatia, Carlos era muito inteligente. Ao longo dos anos em que trabalhou na empresa do seu pai, foi desviando dinheiro para a sua conta bancária.
Passados meses de namoro, já se falava em casamento, mas Carlos foi preso. Amância, desolada, não lhe conseguia perdoar pelo que ele a fez passar e, como sempre foi bem vista na sociedade, apesar de as raparigas sentirem inveja dela e ser vista como calculista perante a sociedade, deixou de o ir visitar à prisão.
Laura Fernandes (10º11)
Docente| Paula Barradas