Observa-se, ao longe, uma menina de cabeça baixa, com roupas normais, alguém que parecia ser uma criança como as outras. Não tinha um sorriso desenhado, nem um brilho nos olhos, parecia triste e sozinha no meio de todos, mas, para ela, no meio do nada.
Fazia o mesmo caminho todos os dias, de casa a escola, da escola à beira-mar, algo que não se compreendia, porque ao observá-la não se via o gosto pelo mar, nem o seu entusiasmo, apenas uma mágoa, como se tivesse perdido alguém, um objeto ou o seu sorriso.
A sua rotina continuava, a sua expressão era sempre a mesma, até que foi observado o seu problema, em cartas, em flores, em objetos que marcavam a sua vida. Teria perdido alguém no mar, alguém que a marcou, alguém que a fez sorrir todos os dias, até a perder! Era a sua mãe, a sua heroína, alguém que perdera e que nunca esquecera, mesmo passados 10 anos da sua adolescência.
Ela assim continuou, com as suas cartas com as suas memórias, até o dia da sua morte, em que pretendeu seguir o caminho da sua mãe, aquela que amava para todo o sempre!
Mónica Rodrigues (11º51)
Docente| Carla Martins