I. RIBEIRA DE JOÃO GOMES – Toda a gente conhece esta ribeira do Funchal, mas sabem quem foi este João Gomes? Pois foi um poeta, um vereador da Câmara Municipal do Funchal, o proprietário de grande parte dos terrenos que bordejam a referida ribeira e, na sua juventude, escudeiro do infante D. Henrique. Os poucos versos que dele conhecemos estão guardados no Cancioneiro de Garcia de Resende.
II. OS PROFETAS DO PORTO SANTO – Alice Vieira, a consagrada autora de obras para crianças e jovens, publicou em setembro do ano passado o romance Os profetas. Esta obra passa-se no tempo de D. João III, na Ilha de Porto Santo, e é protagonizada por Fernão Bravo e pela sua sobrinha paralítica Filipa Nunes. Romance, de certo modo histórico, vive também da entranhada lenda dos profetas, muito conhecida nesta ilha do arquipélago madeirense.
III. O CASTELO – Assim chegou a um imenso castelo, em cuja fachada estava gravado: «A ninguém pertenço, e a todos; antes de entrar, já estavas aqui; ficarás aqui, quando saíres.» – Diderot (escritor francês).
IV. AEROPORTO DO FUNCHAL – A hora da morte dos pássaros é uma coletânea de contos do escritor espanhol Ignacio Martinez de Pisón, que inclui um texto intitulado Aeroporto do Funchal. Aliás, na edição original, o título da obra é Aeropuerto de Funchal e não se percebe por que é que na tradução portuguesa, publicada pela Teorema, foi alterado. São contos em que se nota que o autor é um profundo admirador de Tchekov, Raymond Carver e John Cheever.
V. PROFESSOR DE LITERATURA – Nem sempre um aluno põe a questão, porém há professores que respondem. Temos a resposta, por exemplo em Carlos Ceia, no livro O que é ser professor de Literatura. Nas Edições Colibri, de Lisboa. Não há nada como ir ver. Este autor começa por dizer-nos que “a educação literária não é apenas a educação do gosto…”.
VI. LER, LER, LER – Têm a noção de que o ato de ler tem história? Pois Alberto Manguel escreveu Uma História da Leitura, publicada em Portugal pela Presença. Aí temos temas tão interessantes como os que se referem ao livro da memória, à leitura das imagens, ao formato do livro, às metáforas da leitura, aos ordenadores do universo, ao autor como leitor, à leitura entre paredes e à leitura proibida.